Cristo,
a ponte sobre o abismo
Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João
3:16.
O
pecado originou-se na busca dos próprios interesses. Lúcifer, o querubim
cobridor, desejou ser o primeiro no Céu. Procurou dominar os seres celestes,
afastá-los de seu Criador, e receber-lhes, ele próprio, as homenagens.
Portanto, apresentou falsamente a Deus, Atribuindo-Lhe o desejo de exaltação
própria. Gênesis 3: 4, ao 15
Tentou revestir o amorável Criador com suas
próprias más características. Assim enganou os anjos. Assim enganou os homens.
Levou-os a duvidar da palavra de Deus, e a desconfiar de Sua bondade. Como o
Senhor seja um Deus de justiça e terrível majestade, Satanás os fez
considerá-Lo como severo e inclemente. Jó 1: 6 ao 12 –
Jó 2: 1 ao 6.
Assim
arrastou os homens a se unirem com ele em rebelião contra Deus, e as trevas da
miséria baixaram sobre o mundo. A Terra obscureceu-se devido à má compreensão
de Deus. Para que as tristes sombras se pudessem iluminar, para que o mundo pudesse
volver ao Criador, era preciso que se derribasse o poder enganador de Satanás.
Isso não se podia fazer pela força.
O
exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja
unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser
conquistado pela força ou pela autoridade. Só o amor desperta o amor. Conhecer
a Deus é amá-Lo; Seu caráter deve ser manifestado em contraste com o de
Satanás. Essa obra, unicamente um Ser, em todo o Universo, era capaz de
realizar.
Somente
Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido.
Sobre a negra noite do mundo, devia erguer-Se o Sol da Justiça, trazendo
salvação “sob as Suas asas”. Malaquias 4:2.
O
plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da
queda de Adão. Foi a revelação “do mistério guardado em silêncio nos tempos
eternos”. Romanos 16:25.
Foi
um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o
fundamento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da
apostasia de Satanás, e da queda do homem mediante o poder enganador do
apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou
providências para enfrentar a terrível emergência.
Tão
grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu Filho unigênito
“para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
Desde
que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as
nossas provações, e Se compadece de nossas dores. Todo filho e filha de Adão
pode compreender que nosso Criador é o amigo dos pecadores. Pois em toda
doutrina de graça, toda promessa de alegria, todo ato de amor, toda atração
divina apresentada na vida do Salvador na Terra, vemos “Deus conosco”.
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